Biden pede aos republicanos que abandonem a 'posição extrema' sobre os gastos do governo

Kevin McCarthy e outros Republicanos, no Congresso.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse no domingo que os republicanos da oposição na Câmara dos Representantes devem se afastar da sua “posição extremista” sobre os gastos do governo para chegar a um acordo com os democratas para aumentar o limite de empréstimos do país antes que fique sem dinheiro para pagar suas contas.

O governo pode não cumprir as suas obrigações financeiras já a 1 de Junho, mas o presidente democrata disse em conferência de imprensa, em Hiroshima, no Japão, que não haverá acordo para evitar um calote catastrófico que afectará os EUA e as economias globais apenas em termos republicanos.

“É hora dos republicanos aceitarem que não há acordo bipartidário a ser feito exclusivamente, exclusivamente, em seus termos partidários”, disse Biden no final de uma cimeira do G-7, grupo de líderes das democracias mais ricas do mundo.

Biden disse que fez sua parte oferecendo maneiras de aumentar o limite de empréstimos de 31,4 trilhões de dólares do país para que o governo dos EUA possa continuar a pagar as suas contas.

Ele disse: “É hora de o outro lado sair de sua posição extrema”.
Joe Biden confiante em acordo com Congresso para evitar que país deixe de honras seus compromissos

Esperava-se que Biden falasse ainda no domingo com o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy, sobre as negociações do tecto da dívida, possivelmente enquanto voa de volta para Washington.

Enquanto Biden estava no Japão, os seus negociadores se reuniram com os principais republicanos, mas as negociações não produziram nenhum acordo, com ambos os lados buscando os seus pontos de vista sobre os gastos do governo para o ano que começa em Outubro.

"O meu palpite é que ele vai querer lidar diretamente comigo para garantir que estejamos todos na mesma página", disse Biden sobre McCarthy.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse ao programa "Meet the Press" da NBC que a data em que o governo fica sem dinheiro para pagar as suas contas actuais permanece incerta, mas que uma infusão de pagamentos de impostos prevista para 15 de Junho pode não chegar a tempo de evitar um calote.