O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, afirmou que o presidente americano Barack Obama interpretou mal as declarações feitas pelo irmão, Raúl Castro, que indicaram um degelo nas relações entre os dois países.
Num artigo publicado no website do governo cubano na internet, Fidel disse que a oferta de diálogo feita por Raúl Castro ao novo governo americano foi uma demonstração de “bravura e confiança nos princípios da revolução”, que trouxe o poder comunista à ilha, em 1959.
Para Fidel, os Estados Unidos é que devem fazer concessões e não Cuba.
Num discurso na Conferência da ALBA, a Alternativa Bolivariana para as Américas, Raúl Castro disse que Havana está preparada para discutir todos os assuntos com Washington, incluindo, direitos humanos e prisioneiros políticos.
Os comentários do líder cubano foram uma resposta a decisão de Obama de suspender as restrições sobre viagens e transferência de dinheiro de cubano-americanos dos EUA para Cuba.
Obama elogiou a posição do presidente cubano durante discurso na Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago.
Mas o líder americano pediu ao governo cubano que adote mais medidas como liberar os prisioneiros políticos e reduzir os impostos sobre o dinheiro enviado por cubanos-americanos para os familiares na ilha comunista.