O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitou a sede da CIA, a agência de espionagem americana, e se reuniu, em particular, com grupos de funcionários.
A visita aconteceu dias depois de o governo ter divulgado documentos secretos, da época do ex-presidente George W. Bush, autorizando a CIA a fazer uso de práticas de interrogatório de prisioneiros consideradas rigorosas.
Obama afirmou que nenhum funcionário da agência será processado pelo uso das técnicas durante os interrogatórios. Organizações dos Direitos Humanos acusam o governo americano, há muito tempo, de torturar os suspeitos terroristas.
O presidente deixou em aberto a possibilidade de processar qualquer pessoas que atúe sem autorização legal.
O jornal “The New York Times” informou que os agentes da CIA usaram a prática que simula o afogamento, por pelo menos duzentas e sessenta e seis vezes, nos prisioneiros considerados mais importantes.
O jornal cita um memorando do Departamento de Justiça, de 2005, dizendo que o mentor dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, Khalid Sheikh Mohammed, foi submetido à simulação de afogamento cento e oitenta e três vezes e Abu Zubaydah, outro líder da Al-Qáida, oitenta e três vezes.
John Kiriakou, ex-funcionário da CIA, afimou em 2007 que 35 segundos de simulação de afogamento fizeram com que Zubaydah revelasse dados cruciais de inteligência que ajudaram os EUA a impedirem vários atentados terroristas.