Obama abre as portas para Cuba

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A reintegração de Cuba à Organização dos Estados Americanos, OEA, se tornou, inesperadamente, o principal tema do primeiro dia da Quinta Cúpula das Américas.

Apesar de o assunto não constar da Declaração final da Cúpula, já que para isso deveria ter sido debatido entre os 34 presidentes reunidos em Trinidad e Tobago, Cuba parece ter sido o “convidado de honra”, mesmo sem estar presente.

“Sei que há um longo caminho a ser percorrido para superar décadas de desconfiança. Podemos levar Cuba e Estados Unidos por um bom caminho, mas isso é responsabilidade de todos e não só dos EUA”, afirmou, no encontro, o presidente americano Barack Obama.

A declaração de Obama foi feita logo depois dos discursos dos presidentes da Argentina, Cristina Fernández e da Nicarágua, Daniel Ortega. Os dois pediram não só a volta de Cuba ao sistema interamericano como também criticaram “a forma traumática”, segundo Fernández, de como o ex-presidente George W. Bush, antecessor de Obama, conduziu as relações com os países da região.

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“Homens e mulheres vieram a esta Cúpula das Américas com a esperança de que este pode ser o primeiro passo para uma nova Ordem regional”, acrescentou a presidente da Argentina.

Já Ortega, fez um discurso de quase uma hora em que criticou ex-governos americanos e suas políticas invasoras que levaram a ditaduras, como viveu a Nicarágua, com Anastácio Somoza.

Obama fez um discurso conciliador em que agradeceu ao líder sandinista por não tê-lo culpado diretamente pelos “fatos ocorridos quando ele tinha 3 meses de idade”.

O presidente americano afirmou que não tinha vindo falar sobre o passado, mas sim dialogar sobre o futuro. Obama afirmou que todos devem aprender com o passado sem ficar preso a ele. E é necessário caminhar para o futuro.

O líder americano concluiu dizendo que com sua chegada à Casa Branca, também chegou uma política de respeito a outras nações. Ele pediu uma chance para provar que os EUA vão trabalhar em conjunto com o resto dos países do continente.